
A proposta que temos para si para os próximos eventos está directamente ligada às novas produções musicais. Com o passar dos tempos, também a forma e a criação musical tem vindo a sofrer profundas mutações. Um grupo de entusiastas de Coimbra, ganhou consciência disso mesmo. Sabendo da falta de mostra cultural digital e veio propor uma série de eventos aos quais foi dado o nome de “TAGV Digital”. Neste espaço estaremos a dar destaque a duas dessas iniciativas.
A primeira chama-se “Senses” e é apresentada como um ciclo de música electrónica e multimédia que decorre entre Janeiro e Junho. O “Senses” será para além de um conjunto de espectáculos, também uma mostra de vídeo, exposições, conferências, debates, showcases e workshops de criação de música digital. O principal objectivo desta iniciativa é a promoção de uma maior próximidade entre público e criação digital. Integrado no “Senses” estará a realização de espectáculos promovidos pela Type Records com Xela e Hélios. O primeiro, inglês, nascido no início dos anos 80 é fundador da Type e editou o seu último registo chamado “The dead sea”. Entretanto está prevista a reedição do seu trabalho “For Frosty Mornings and Summer Nights” editado em 2003. O segundo, Hélio, é natural de Boston e alia o seu gosto pela música com a sua devoção ao cinema. O seu último trabalho dá pelo nome “Eingya” e será o mote para a sua passagem em Coimbra no próximo dia 25 pelas 21h30.
Ainda integrado no “TAGV Digital” surge uma proposta ligada à música electrónica. Thomas Brinkmann é um dos mais importantes produtores de música techno minimal experimental e chega-nos da Alemanha para um espectáculo a realizar a 3 de Fevereiro no Teatro Académico Gil Vicente em Coimbra. Brinkmann teve notoriedade na segunda metade dos anos 90, com a utilização de discos de vinil fisicamente modificados a fazer parte da sua imagem de marca. Entretanto fundou a etiqueta Ernst e apesar de enumeros lançamento seriam algumas remisturas de Richie Hawtin e Depeche Mode que lhe dariam o mediatismo de que hoje dispõe. Em Portugal, Thomas Brinkmann vem apresentar o seu mais recente trabalho “Klick Revolution” editado no final do ano 2006. Com uma veia experimental muito vincada, Brinkmann continua a usar nas suas produções materiais e sonoridades bem matriculares. Mais um bom exemplo disso, foi a troca dos discos de vinil por máquinas de “flippers”.
Estas duas propostas apresentam-se como boas alternativas aos convencionais concertos, com uma orientação muito experimental e para o futuro. A não perder no Teatro Académico Gil Vicente em Coimbra nos próximos meses.
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